segunda-feira, 23 de abril de 2007

S E M

Sem acção. Move-se um braço lentamente. Logo pousa. Piscam os olhos seguindo a habitual fascina ocular. Sou hoje um sem movimento.

domingo, 22 de abril de 2007

Egon Schiele - Two Women

Duas bonecas de trapos, animadas de uma estranha vida moribunda, enlaçam-se frouxamente. Jogos de prazer sugaram-lhes a alma. Ou quiçá a mulher despeitada, pedaço de carne atirado no espaço, abraça a inocência perdida, o vestido amarelo feliz. Rotundo traço, cheio o conteúdo. Muito bem Senhor Schiele!

Cabeça de teias, pressa de pés

Subia hoje os tectos dos passeios emaranhados de gente. E neles havia pensares, pesares, estares distintos. Quis ser todos eles, beber da euforia ginasticada daquela gente sem rosto mas com muita pressa. Não os vejo, não os leio, não os sou. Andante incessante da minha veloz condução, sou mais um rosto sem nome, mais um inexorável descer dos tectos. Para o chão. Quando, para quando poder sonhar?