Um poema meu de 09/05/05.
Hoje estou nostálgica.
(seja compreensível, apesar de hermético)
"Subo o poste na esperança
de ver mais alto.
Paro apenas quando o cume
já há muito se quebrou,
tanto anseio aquele algo
que de mim fugiu.
Procuro-o cá ao perto, lá ao fundo.
Nada, só esboços caídos de
uma outrora obra completa.
É então que te avisto:
Alto, imponente, longe, muito longe.
Caminho na tua direcção
em desalento, em passo lento
e inseguro, busco-te,
mas tu és um rompante.
Estás alto, muito alto.
Cais para ora te levantares,
sorris, estendes a mão em convite.
Mas nesse vazio tremendo não te vejo sorrir.
Apenas a tua mão se mostra,
apontando um outro rumo
que não o que sigo,
autoritária.
Apaga-me a vontade (agora rastejo).
Subo o poste na esperança
de ver mais alto.
Desapareceste no espaço confuso;
Agora, tudo postes,
Electricidade,
emaranhados de gente vazia,
No fim, eu só.
Vejo não mais do que delibero."
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